Museus em um mundo em transformação. Novos desafios, novas inspirações
Palestra Museu virtual, Museu plural - Ana Beatriz Bahia
Dia 14/05 (segunda-feira)
Parceria: Estúdio Casthalia
Local: Cinema do CIC
Horário: 16h
Sobre a palestra
O museu é tomado como instituição social que tanto preserva, quanto propicia a renovação de valores e hábitos culturais. É nessa perspectiva que a palestrante aborda os chamados “museus virtuais”, que se apropriam de tecnologias digitais e baseadas na Internet para melhor se comunicar e educar seus públicos. Assim, apresenta iniciativas online de museus de várias partes do mundo que plasmam a ideia museu plural (Martín-Barbero), exemplos de como o museu pode não apenas reinventar seus métodos e ampliar seu espaço de atuação, mas redefinir sua posição na sociedade de hoje.
Sobre a palestrante
Ana Beatriz Bahia é formada em Artes Plásticas/UDESC e doutora em Educação/UFSC. Há 12 anos fundou o estúdio www.casthalia.com.br, desenvolvedor de tecnologias educacionais para museu e outras instituições de educação não-formal ou formal. Dentre os projetos desenvolvidos, destacam-se: “A Mansão de Quelícera” (game para o Ensino de Arte, desenvolvido em parceria com o CEART/UDESC e recomendado pelo MEC), “Mata Atlântica: O Bioma Onde Eu Moro” (game que introduz a tecnologia multimouse no Brasil, desenvolvido em parceria com o LEC/UFSC) e “Caixa de Brinquedos” (em parceira com o Museu da Infância/UNESC, game que adapta os modos de uso de brinquedos do acervo do museu para o meio digital). Atualmente, atua como pesquisadora junto ao Centro de Tecnologia Social do SESI. Possui publicações acadêmicas, no âmbito nacional e internacional, assim como materiais de apoio ao educador e livros para o público infantil.
Centro Integrado de Cultura
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5.600
Agronômica – Florianópolis/SC
CELEBRAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS (18 DE MAIO)
CELEBRAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS (18 DE MAIO)
Museus em um mundo em transformação. Novos desafios, novas inspirações
Museus em um mundo em transformação. Novos desafios, novas inspirações. Como parte de um mundo em movimento acelerado, marcado pela desconstrução das noções tradicionais de tempo e espaço e no qual identidades locais e globais se relacionam em complementaridade, os museus assumem um papel ainda mais estratégico e desafiador.
Museus acessam no presente a memória do passado e, a partir daí, promovem perspectivas de futuro. Mas como agir em um mundo no qual até mesmo as etapas da vida parecem não seguir uma sequência pré-definida?
A quebra de fronteiras para o acesso a informações e a instantaneidade com que nos chegam notícias de todas as partes do mundo nos coloca em contato com realidades diversas sem que deixemos nossa comunidade. Essa facilidade nos aproxima, gerando oportunidades, gostos e necessidades globais.
Por outro lado, também é crescente o sentimento de valorização das identidades locais. Por meio de uma memória social é possível entender coletivamente experiências vividas por determinado grupo e, assim, buscar fortalecer ou transformar realidades, integrando pessoas e reconhecendo memórias que antes ficavam à margem da história oficial.
Com tantas transformações sociais, o primeiro desafio dos museus é refletir sobre seu papel nesse mundo em movimento. Enquanto tempo e espaço são suprimidos, condensados ou subvertidos, os museus aparecem como conectores. São pontes entre a memória e o esquecimento; o individual e o coletivo; o local e o global; o que se é, se foi e se pretende ser.
Por isso, em 2012 o Ibram convida os museus brasileiros a comemorarem a 10ª edição da Semana Nacional de Museus com o tema Museus em um mundo em transformação – novos desafios, novas inspirações.
Importante agenda anual, a Semana tem o propósito de mobilizar os museus brasileiros a partir de um esforço de concertação de suas programações em torno de um mesmo tema. Sua primeira edição foi realizada em 2003, idealizada pelo Departamento de Museus (Demu/Iphan), atual Ibram, quando contou com a participação de 57 museus, os quais realizaram cerca de 270 eventos em 36 cidades brasileiras. Hoje, as nove edições da Semana de Museus totalizam mais de 4.000 participações e aproximadamente 12.300 eventos realizados em 600 municípios espalhados pelo território nacional.
O ano de 2012 comemora também um marco da museologia mundial: os 40 anos da Mesa Redonda de Santiago do Chile/1972, quando uma nova proposta de fazer museal foi apresentada ao mundo. Para além das coleções, acervos e prédios, pensando nas metamorfoses e crises sociais que se apresentavam à época, a Mesa de Santiago lançou o desafio de pensar o museu como “instituição a serviço da sociedade, da qual é parte integrante e que possui nele mesmo os elementos que lhe permitem participar na formação da consciência das comunidades que ele serve”[1].
Ao avançar pelas questões propostas na Mesa de Santiago, as políticas desenvolvidas pelo Ibram para o campo museal são pensadas a partir da função social das instituições museológicas, e estão refletidas nos temas adotados desde as primeiras edições da Semana de Museus.
A idéia de discutir os museus, os seus papéis, as suas contribuições, sempre pautou as iniciativas de estímulo para as atividades da Semana Nacional de Museus. Agora, mais do que nunca, essa demanda se impõe sobre o mundo que queremos, sobre o museu que desejamos.
Nessa perspectiva, o Ibram convida as instituições museais e culturais brasileiras a pensarem, no contexto de suas realidades, o tema da 10ª Semana.
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