terça-feira, 29 de maio de 2012

Depoimento de pai de criança na feira de troca de brinquedos de SP



Brinquedo usado que vira novo

Brincar é fundamental para aprender, para se divertir e para ser criança. Infelizmente essa necessidade humana, tão presente na infância, tem sido ocupada pela mercatilização. No lugar da criatividade, excessos de comunicação mercadológica que buscam fazer das crianças pequenos consumidores.

Dar formas de repensar o consumismo infantil é um desafio constante do projeto Criança e Consumo. Durante a semana Mundial do Brincar somamos esforços à Aliança pela Infância e promovemos uma feira de troca de brinquedos.

Trocar é necessariamente um ato de cumplicidade, precisa do outro. Ao abrir mão de um brinquedo antigo seu por um colega, a criança aprende sobre a importância de reaproveitar, de ceder para ter aquilo que se almeja. Esse aprendizado sobre limites é feito por atitudes. São as crianças que definem o que querem e através de uma negociação com outra criança são capazes de conquistar o que gostariam.

Eduardo Schenberg*, levou seu filho Bruno de 11 anos para a feira de trocas e definiu a importância do evento. Assista ao vídeo clicando aqui.

Reproduzido de Criança e Consumo
28 mai 2012

Nota do blog

* Neurocientista

Defender a alegria como um destino...


Defensa de la Alegría

Mario Benedetti

Defender la alegría como una trinchera
defenderla del escándalo y la rutina
de la miseria y los miserables
de las ausencias transitorias
y las definitivas

defender la alegría como un principio
defenderla del pasmo y las pesadillas
de los neutrales y de los neutrones
de las dulces infamias
y los graves diagnósticos

defender la alegría como una bandera
defenderla del rayo y la melancolía
de los ingenuos y de los canallas
de la retórica y los paros cardiacos
de las endemias y las academias

defender la alegría como un destino
defenderla del fuego y de los bomberos
de los suicidas y los homicidas
de las vacaciones y del agobio
de la obligación de estar alegres

defender la alegría como una certeza
defenderla del óxido y la roña
de la famosa pátina del tiempo
del relente y del oportunismo
de los proxenetas de la risa

defender la alegría como un derecho
defenderla de dios y del invierno
de las mayúsculas y de la muerte
de los apellidos y las lástimas
del azar
y también de la alegría.

[in Antología poética, Alianza Editorial, 1999] 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

3ª. SEMAMA MUNDIAL DO BRINCAR: 20 a 27 de maio de 2012


3ª. SEMAMA MUNDIAL DO BRINCAR

Na 3ª Semana Mundial do Brincar, que começa neste domingo (20/05) e vai até o dia 27, a Aliança pela Infância conta pela primeira vez com a parceria do Projeto Criança e Consumo.

Vamos fazer uma feira de troca de brinquedos no dia 26 de maio, sábado, das 14h às 17h, no Parque Ibirapuera (em frente ao Planetário). Acompanhadas por um adulto, crianças até 12 anos podem participar e devem levar brinquedos usados que estejam em bom estado para trocar por outros.

Nossa equipe terá um monitor e oito voluntários para organizar a atividade e garantir momentos de diversão e aprendizado. Muito mais do que trocar brinquedos que já não interessam como antes, a experiência é enriquecedora por dar novos significados a objetos antigos e afirmar que as relações não precisam ser pautadas na compra.

A Semana Mundial do Brincar oferece oficinas e espaços abertos para brincadeiras, música, artes plásticas, teatro, danças, circo, leitura, contação de histórias, manifestações culturais tradicionais e atividades livres em espaços lúdicos com brinquedos não estruturados. Também há atividades para adultos, como palestras e debates sobre o tema do brincar.

É gratuito, sustentável e divertido. Participe!

Serviço: Feira de trocas na Semana Mundial do Brincar
Dia: 26 de maio de 2012
Horário: das 14h às 17h
Local: Planetário - Parque do Ibirapuera (Av. Pedro Álvares Cabral - São Paulo)

Reproduzido de Criança e Consumo . Instituto Alana
16 mai 2012

MBISC na Mesa-redonda dia 28/05/12: “Museus em um mundo em transformação: novos desafios, novas inspirações”


Convite – 3º Encontro da REM/SC de 2012

Mesa-redonda –  “Museus em um mundo em transformação: novos desafios, novas  inspirações”
  
Com o propósito de contribuir para as reflexões a partir da temática da 10ª Semana Nacional dos Museus, proposta pelo IBRAM, a Rede de Educadores em Museus de Santa Catarina convida os profissionais de Museus, Professores e estudantes da Museologia, da Educação e de áreas afins, bem como outros interessados neste campo de atuação, para participarem da mesa-redonda.

Palestrantes:

-Prof.ª Dr.ª Janice  Gonçalves -  Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC/ Programa de Pós-Graduação em História/ Laboratório de Patrimônio Cultural;

-Prof.ª Dr.ª  Nadja Carvalho Lamas -  Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE/ Mestrado em Patrimônio Cultural e Sociedade/ Programa Institucional de Extensão Arte na Escola;

-Prof.ª Me. Marcia Regina Battistela - Secretaria de Desenvolvimento do Estado de Santa Catarina/ Programa Santa Catarina Games – SC Games/ Projeto Novos Talentos em Games.

Mediadora:

- Prof.ª Dr.ª Telma Piacentini  - Museu do Brinquedo da Ilha de Santa Catarina/ Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC.

Dia: 28 de maio
Local: Museu da Escola Catarinense
Horário: 14h às 17h30min
Endereço: Rua Saldanha Marinho, 196 –  Centro – Florianópolis
Informações: remsc2010@gmail.com  /  (48) 9997-9208/ 9927-4601

Contamos com sua presença!
Equipe da REM/SC

Saberes sobre a Terra: I Seminário Temático de Sábios Indígenas Guarani, Kaingáng e Xokleng


Convite

Evento: I Seminário Temático de Sábios Indígenas Guarani, Kaingáng e Xokleng:

Saberes sobre a Terra

Data: 31 de maio de 2012
Horário: 08h30 h
Local: Auditório do CFH/UFSC

Informações: Secretaria do Curso Licenciatura Intercultural Indígena - (48) 3721-2614

Divisão de Museologia

Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral – UFSC
Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima - Trindade - CEP 88.040-900
Florianópolis - Santa Catarina – Brasil

Telefones: (48) 3721-8604 | 3721-6473 | 3721-9325

Oficina: Desenvolvendo estratégias participativas para a ampliação e manutenção da comunidade nos espaços museológicos


Estão abertas inscrições para oficina que incentiva a democracia cultural e busca capacitar os profissionais de museus

O Museu Victor Meirelles realizará nos dias 31 de maio, 01 e 29 de junho de 2012, das 14 às 18 horas, a oficina Desenvolvendo estratégias participativas para a ampliação e manutenção da comunidade nos espaços museológicos.

A oficina tem como público alvo os profissionais de museus de todas as áreas e será ministrada por Kelly Tavares, mestre em Gestão Cultural pela University of Oregon, EUA, e com Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória/ES.

A ementa do curso aponta para a busca de soluções inovadoras de maneira colaborativa e, ao mesmo tempo, a mobilização de atividades que transformem o planejamento em uma prática viável para fortalecer os programas oferecidos pelos museus ao seu público-alvo.

A proposta visa também discutir estratégias para a criação de políticas que possibilitem o cumprimento de planos de ação. Além disso, servirá como um exercício teórico e prático para a elaboração e execução de um projeto que poderá ser aproveitado pelos museus em seus planejamentos estratégicos.

Com o objetivo de capacitar o corpo técnico de museus para a promoção da democracia cultural, as inscrições para a oficina já estão abertas. Para tanto, basta enviar e-mail para mvm.ac@museus.gov.br até o dia 25 de maio, com o nome completo, instituição e telefone para contato. As 30 vagas distribuídas serão preenchidas de modo a privilegiar o máximo de instituições interessadas. O resultado com a relação dos(as) selecionados(as) será divulgado no dia 26 de maio.

Programação:

1º Dia (31/05)
Conteúdos teóricos abordados:

Democracia Cultural: acessibilidade e empoderamento
Desafios Enfrentados: Instabilidade e mobilização política
Visão da instituição: Aonde se quer chegar?
Detalhar Elementos do Planejamento Estratégico: Análise, plano de ação, implementação, avaliação, aperfeiçoamento do plano.
Princípios da Democracia Organizacional
Capacitação da equipe para execução do plano e desafios para uma democracia organizacional.

Apresentação da proposta prática:
Plano de ações considerando os seguintes pontos:
O Museu - missão, visão, objetivos e metas.
Objetivo principal - ampliar as ações do museu junto à comunidade a fim de criar uma relação de troca e formação de público-alvo.
Desafio - Instabilidade operacional
Ações políticas

2º Dia (01/06)
Desenvolvimento da Proposta Prática:

Discutir um resumo de estudo de caso da instituição
Elaborar esboço do 1º dia com base no estudo de caso apresentado e com base nos elementos do planejamento estratégico (Missão, visão, objetivos, metas, análise situacional, alternativas estratégicas, plano operacional/ plano de ações, capacitação, plano de marketing, implementação, avaliação e reformulação do planejamento).
Elaborar um plano de ação de maneira participativa.
Selecionar uma ação para implementação no terceiro dia.

3º Dia (29/06)
Execução
Capacitação profissional: O trabalho em equipe
A delegação e distribuição de tarefas

O grupo se reunirá para executar uma ação pontual que foi previamente escolhida
Avaliação

Mais informações e inscrições:

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Um antropólogo catarinense no Alto Rio Solimões: “Ticuna em dois tempos”


Um antropólogo catarinense no Alto Rio Solimões

Museu (MarquE) abre pela primeira vez ao público “Ticuna em dois tempos”, exposição com objetos indígenas coletados pelo pesquisador Sílvio Coelho dos Santos na Amazônia dos anos 60

“Sobre a viagem, posso registrar que está completa. Vivo cenas que sonhei quando garoto e que nunca imaginei viver”. (Diário de Campo de Sílvio Coelho dos Santos – Expedição Ticuna)

Quando em julho de 1962 o jovem historiador Sílvio Coelho dos Santos viajou para o território Ticuna em uma expedição arriscada pelo alto rio Solimões, tinha o desafio de agregar experiência prática à sua formação teórica como antropólogo. Ao chegar ao município de Benjamim Constant, ao lado da colega Cecília Maria Helm e do etnólogo Roberto Cardoso de Oliveira, que o orientava na pesquisa, encontrou um povo massacrado pelo avanço violento dos seringueiros e madeireiros sobre suas terras após o boom da exploração da borracha. Desfigurado pelo álcool e pela miséria, os Ticuna lutavam para perpetuar a prática de suas tradições. Mas o pesquisador também encontrou um grupo de riqueza cultural fascinante, que organiza todos os seres vivos, inclusive os humanos, em duas grandes linhagens, a das aves e a das plantas, e cujas máscaras, desenhos e pinturas ganhariam, por sua força e originalidade, fama internacional. Muito além da prestação de contas de um trabalho acadêmico exploratório, a coleção de objetos etnográficos e os registros de campo inéditos deixados pelo antropólogo representam a retribuição emocionada de um jovem de 24 anos ao povo pacífico, mas não passivo, que o acolheu por três meses e o fez selar o pacto de toda uma vida em defesa dos povos indígenas brasileiros.

Desde a vivência com os Ticuna (Túkuna, na grafia original) até o dia de sua morte, em outubro de 2008, de câncer, Sílvio Coelho dos Santos dedicaria sua inteligência e energia física à compreensão do modo de ser índio. No dia 9 de maio, às 19 horas, no campus da UFSC em Florianópolis, o Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE) apresenta pela primeira vez ao público a coleção com 53 objetos recolhidos entre os Ticuna e os registros de campo, compostos por 135 diapositivos (slides) e dois diários produzidos pelo antropólogo catarinense no coração da selva amazônica. Desde que retornou da expedição, no final dos anos 60, esse legado esteve depositado na Reserva Técnica da antiga sede do Museu Universitário, do qual ele foi um dos fundadores, aguardando as condições de climatização e conservação que um acervo dessa natureza e importância exige para ser exposto. Isso só foi possível com a inauguração do grande pavilhão que recebe seu nome, no dia 24 último, pela Secretaria de Cultura e Arte da UFSC.

Subindo de barco os igarapés e visitando comunidades, Sílvio Coelho recolheu objetos representativos dessa cultura com a preocupação de salvá-los da desaparição e esquecimento futuros, em uma mostra do vínculo afetivo e político que o ligou ao “povo pescado com vara”. A cosmogonia Ticuna acredita que essa gente foi pescada com vara por um herói mítico (Yo´i) nas águas vermelhas do igarapé Eware, segundo conta a chefe da Divisão de Museologia do MArquE Cristina Castellano, que coordena a exposição ao lado da museóloga Viviane Wermelinger  e da restauradora  Vanilde Ghizoni. Depois de nascer do rio, passou a habitar as cercanias da montanha Taiwegine, onde morava o herói, um local preservado até hoje como testemunho sagrado da gênese desses índios que enfeitiçaram o antropólogo catarinense pelo coração e pela mente.

A exposição “Ticuna em dois tempos” traz à tona essa história de amor ao conhecimento e homenagem a mais numerosa nação indígena da Amazônia brasileira e também do país. Cruza dois olhares de duas épocas distintas em duas coleções produzidas com critérios e objetivos diferentes sobre a mesma etnia. De um lado, o olhar do historiador e antropólogo catarinense representado no material coletado durante a sua participação no Curso de Especialização em Antropologia no Museu Nacional (da antiga Universidade do Brasil), no Rio de Janeiro, na década de 1960. Integram o conjunto de Sílvio Coelho adornos pessoais, cerâmicas, cestos e utensílios domésticos, bonecas esculpidas em madeira, estatuetas em madeira de macaco prego, esculturas antropozoomorfas, mantas, remos, indumentárias completas, brinquedos infantis, um tambor e principalmente bastões cerimoniais, máscaras e outros objetos ritualísticos utilizados na Festa da Moça Nova, além de slides de figuras humanas e paisagens.

De outro lado, está o olhar estético do artista plástico Jair Jacmont, que formou sua coleção na década de 1970, adquirindo os objetos dos próprios índios, na cidade de Manaus. São mais 135 peças, entre esculturas antropomorfas e bastões de ritmo usados para danças e rituais, além de uma considerável quantidade de máscaras esculpidas em madeira. Sob a guarda do Museu Amazônico da Universidade Federal da Amazônia desde 1994, essa coleção veio para Florianópolis como parte de uma parceria com a Rede de Museus do Instituto Brasil Plural - IBP. Explica a diretora do MArquE Teresa Fossari que a exposição conjunta é um projeto alimentado há longa data pelas duas instituições de extremos opostos do Brasil, com o objetivo de promover o diálogo entre esses dois reveladores olhares para a mesma cultura.

Serviço:
Exposição “Ticuna em Dois Tempos”
Local: Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral
Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima – Trindade – Florianópolis – SC
Abertura: 9 de maio, às 19 h
Período de exposição: 10 de maio a 25 de outubro de 2012
Horário: Segunda a sexta (fechado as terças) – 10h às 17h

Fonte: Raquel Wandelli
Jornalista da UFSC na SeCArte

Blumenau 18 de maio 2012: Mesa redonda sobre Acessibilidade em Museus


Mesa redonda sobre Acessibilidade em Museus

A FundaçãoCultural de Blumenau, por intermédio do Museu da Família Colonial, Museu deHábitos e Costumes e do Museu de Arte de Blumenau, em comemoração ao dia Internacional dos Museus, 18 de maio, promoverá uma Mesa Redonnda com a temática acessibilidade em museus. O objetivo é debater a cerca da inclusão de deficientes visuais e da experiência de comunicação envolvendo um pai e seu filho autista com uso da arte visual.

A mesa será composta pela gerente do Centro Braille, Eliane Luchini, e pelo artista plástico, fonoaudiólogo, mestre em educação superior Miguel Higuera Cancino. 

O debate ocorrerá no dia 18 de maio, no Auditório Edith Gartner ( Rua XV de Novembro, 161), das 14h às 17 h.

A palestrante Eliane Luchini abordará sua expêriencia com cegos como também as atividades desenvolvidas pela Fundação CUltural de Blumenau para atender  este público e como estas ações podem ser desenvolvidas e adaptadas dentro de um museu.

A palestra também  versará  sobre a experiência de comunicação entre um pai e seu filho autista através da arte visual, evidenciando que  as dificuldades do autismo podem ser vistas sob um olhar diferente e mais positivo que motive as famílias a compartilhamento no cotidiano com seus filhos.

Serão abordados também alguns aspectos da biologia do autismo e as suas  manifestações  representadas nas obras do  menino arista, qu estarão exposta durante o evento.

Miguel Higuera Cancino é especialista em Autismo, Asperger, Síndrome de Down e SDAH, com experiência nesta áreas há mais de 27 anos. É também Fonoaudiólogo e Mestre em Educação Superior, e docente do curso de Mestrado de Neurociência da  Universidade Finis Terrae - Chile. Além disso, é autor do livro 'Mi hijo no habla", em que relata sua experiência com o filho autista.

A inscrição é gratuita e pode ser feita a partir desta quinta-feira, dia 3, até 17 de maio, pelo telefone 3322-1676 e 3326 – 6596
E-mail:

segunda-feira, 14 de maio de 2012

MASC & MIS/SC participam da 10ª Semana Nacional de Museus

Museus em um mundo em transformação. Novos desafios, novas inspirações


Palestra Museu virtual, Museu plural - Ana Beatriz Bahia
Dia 14/05 (segunda-feira)
Parceria: Estúdio Casthalia
Local: Cinema do CIC
Horário: 16h

Sobre a palestra
O museu é tomado como instituição social que tanto preserva, quanto propicia a renovação de valores e hábitos culturais. É nessa perspectiva que a palestrante aborda os chamados “museus virtuais”, que se apropriam de tecnologias digitais e baseadas na Internet para melhor se comunicar e educar seus públicos. Assim, apresenta iniciativas online de museus de várias partes do mundo que plasmam a ideia museu plural (Martín-Barbero), exemplos de como o museu pode não apenas reinventar seus métodos e ampliar seu espaço de atuação, mas redefinir sua posição na sociedade de hoje.

Sobre a palestrante
Ana Beatriz Bahia é formada em Artes Plásticas/UDESC e doutora em Educação/UFSC. Há 12 anos fundou o estúdio www.casthalia.com.br, desenvolvedor de tecnologias educacionais para museu e outras instituições de educação não-formal ou formal. Dentre os projetos desenvolvidos, destacam-se: “A Mansão de Quelícera” (game para o Ensino de Arte, desenvolvido em parceria com o CEART/UDESC e recomendado pelo MEC), “Mata Atlântica: O Bioma Onde Eu Moro” (game que introduz a tecnologia multimouse no Brasil, desenvolvido em parceria com o LEC/UFSC) e “Caixa de Brinquedos” (em parceira com o Museu da Infância/UNESC, game que adapta os modos de uso de brinquedos do acervo do museu para o meio digital). Atualmente, atua como pesquisadora junto ao Centro de Tecnologia Social do SESI. Possui publicações acadêmicas, no âmbito nacional e internacional, assim como materiais de apoio ao educador e livros para o público infantil.

Centro Integrado de Cultura
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5.600
Agronômica – Florianópolis/SC


CELEBRAÇÕES DO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS (18 DE MAIO)





Museus em um mundo em transformação. Novos desafios, novas inspirações

Museus em um mundo em transformação. Novos desafios, novas inspirações. Como parte de um mundo em movimento acelerado, marcado pela desconstrução das noções tradicionais de tempo e espaço e no qual identidades locais e globais se relacionam em complementaridade, os museus assumem um papel ainda mais estratégico e desafiador.

Museus acessam no presente a memória do passado e, a partir daí, promovem perspectivas de futuro. Mas como agir em um mundo no qual até mesmo as etapas da vida parecem não seguir uma sequência pré-definida?

A quebra de fronteiras para o acesso a informações e a instantaneidade com que nos chegam notícias de todas as partes do mundo nos coloca em contato com realidades diversas sem que deixemos nossa comunidade. Essa facilidade nos aproxima, gerando oportunidades, gostos e necessidades globais.

Por outro lado, também é crescente o sentimento de valorização das identidades locais. Por meio de uma memória social  é possível entender coletivamente experiências vividas por determinado grupo e, assim, buscar fortalecer ou transformar realidades, integrando pessoas e reconhecendo memórias que antes ficavam à margem da história oficial.

Com tantas transformações sociais, o primeiro desafio dos museus é refletir sobre seu papel nesse mundo em movimento. Enquanto tempo e espaço são suprimidos, condensados ou subvertidos, os museus aparecem como conectores. São pontes entre a memória e o esquecimento; o individual e o coletivo; o local e o global; o que se é, se foi e se pretende ser.

Por isso, em 2012  o  Ibram convida os museus brasileiros a comemorarem a 10ª edição da Semana Nacional de Museus com o tema Museus em um mundo em transformação – novos desafios, novas inspirações.

Importante agenda anual, a Semana tem o propósito de mobilizar os museus brasileiros a partir de um esforço de concertação de suas programações em torno de um mesmo tema. Sua primeira edição foi realizada em 2003, idealizada pelo Departamento de Museus (Demu/Iphan), atual Ibram, quando contou com a participação de 57 museus, os quais realizaram cerca de 270 eventos em 36 cidades brasileiras. Hoje, as nove edições da Semana de Museus totalizam mais de 4.000 participações e aproximadamente 12.300 eventos realizados em 600 municípios espalhados pelo território nacional.

O ano de 2012 comemora também um marco da museologia mundial: os 40 anos da Mesa Redonda de Santiago do Chile/1972, quando uma nova proposta de fazer museal foi apresentada ao mundo. Para além das coleções, acervos e prédios, pensando nas metamorfoses e crises sociais que se apresentavam à época, a Mesa de Santiago lançou o desafio de pensar o museu como “instituição a serviço da sociedade, da qual é parte integrante e que possui nele mesmo os elementos que lhe permitem participar na formação da consciência das comunidades que ele serve”[1].

Ao avançar pelas questões propostas na Mesa de Santiago, as políticas desenvolvidas pelo Ibram para o campo museal são pensadas a partir da função social das instituições museológicas, e estão refletidas nos temas adotados desde as primeiras edições da Semana de Museus.

A idéia de discutir os museus, os seus papéis, as suas contribuições, sempre pautou as iniciativas de estímulo para as atividades da Semana Nacional de Museus. Agora, mais do que nunca, essa demanda se impõe sobre o mundo que queremos, sobre o museu que desejamos.

Nessa perspectiva, o Ibram convida as instituições museais e culturais brasileiras a pensarem, no contexto de suas realidades, o tema da 10ª Semana.

Participe! Inspire-se, lance os desafios e seja também por eles desafiado!


Leia mais clicando aqui.

sábado, 12 de maio de 2012

Pesquisadores e índio Ticuna promovem diálogo sobre culturas na UFSC dia 15 de maio de 2012



Pesquisadores e índio Ticuna promovem diálogo sobre culturas na UFSC

Mesa-redonda do Projeto Museu em Curso “Museus e Povos Indígenas: Espaço Para o Diálogo Intercultural”*

A arte, a ciência e o misticismo dos índios brasileiros encerram ainda um mundo de mistério que fascina e intriga as sociedades brancas na descoberta do outro colonizado. Os Ticuna, povo indígena mais numeroso da Amazônia e do Brasil, são os grandes homenageados das atividades em comemoração à décima Semana Nacional dos Museus na Universidade Federal de Santa Catarina. Pacíficos mas irredutíveis na luta por seus direitos, os Ticuna, ou povo Magüta, são tema de conferências, debates e de uma impressionante exposição de máscaras, esculturas e objetos ritualísticos que representantes dessa nação do Alto Rio Solimões irão conhecer em visita ao campus universitário em Florianópolis.

Com a presença de Nino Fernandes, representante famoso da nação Ticuna (ou Tukúna), o debate “Museus e povos indígenas: espaço para o diálogo intercultural” abre a Semana dos Museus na terça-feira,  dia 15 de maio, como parte das atividades do Projeto Museu em Curso. A mesa-redonda será realizada às 18h, no segundo andar do novo prédio do Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE/UFSC), em uma parceria com o Curso de Graduação em Museologia da UFSC, o Instituto Brasil Plural e o Museu Amazônico da Universidade Federal da Amazônia. Além do ticuna Nino Fernandes, diretor do Museu Magüta, localizado em Manaus, participam da mesa de discussão João Pacheco de Oliveira e Priscila Faulhaber, dois grandes antropólogos, pesquisadores e indigenistas.

O objetivo da semana é imergir no mundo pensado e vivido pelo povo Ticuna, diz a chefe da Divisão de Museologia, Cristina Castellano. Mundialmente conhecidos por seus rituais de iniciação da puberdade, como a Festa da Moça Nova, os Magüta foram visitados por um pesquisador catarinense pela primeira vem em julho de 1962. Nesse ano, o antropólogo do antigo Museu da UFSC, Sílvio Coelho dos Santos, já falecido, realizou sua pesquisa de campo do Curso de Pós Graduação em Antropologia do Museu Nacional do Rio de Janeiro entre os Magüta do Alto Solimões.

A exposição “Ticuna em dois tempos”, que vai até o dia 25 de outubro no Marque, reunindo a coleção do antropólogo e do artista plástico amazonense Jair Jacmont, é uma mostra do colorido e da exuberância da arte desse povo, que se notabilizou em todo mundo por sua cosmogonia e objetos ritualísticos. As mais de 300 peças em exposição expressam também o modo de ver o mundo dessa grande nação espalhada entre a Amazônia brasileira, Colômbia e Peri, que divide os indivíduos de sua sociedade de castas em duas linhagens, entre as quais se classificam todos os seres vivos, humanos ou não: a das aves e a das plantas.

Palestrantes

O Ticuna Nino Fernandes dirige o Museu Magüta, o primeiro museu indígena do país que, em 1996, foi premiado pelo International Commitee on Museums (ICOM) e em 1999 foi tema de uma grande exposição realizada no Tropenzmuseum (Museu Tropical) em Amsterdam. Nino Fernandes recebeu a Ordem do Mérito Cultural do ano de 2005 do então presidente Lula e do ministro da Cultura Gilberto Gil. Em 2007 foi agraciado com a Comenda da Ordem do Mérito Cultural e em dezembro de 2008 com o Prêmio Chico Mendes, outorgado pelo Ministério do Meio Ambiente.

Autor de volumosa obra, entre livros e artigos publicados, João Pacheco de Oliveira é Professor Titular do Museu Nacional do Rio de Janeiro, curador das coleções etnológicas do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e docente do da UFRJ. Foi presidente da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) entre 1994 e 1996 e por diversas vezes exerceu a função de coordenador da Comissão de Assuntos Indígenas, função pela qual responde também na atual gestão.

Atuando ao lado dos Ticuna desde a década de 1970, Oliveira foi um dos fundadores e primeiro presidente do Centro de Documentação e Pesquisa do Alto Solimões. A entidade criada em 1986 deu origem ao atual Museu Magüta, administrado pelo movimento indígena, por meio do Conselho Geral da Tribo Tikuna. Em 1977 publicou a dissertação As Facções e a Ordem Política em uma Reserva Tükuna, defendida pela UnB e em 1988 a tese “O Nosso Governo”; os Ticuna e o Regime Tutelar, pela UFRJ.

Priscila Faulhaber é pesquisadora da Coordenação de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins e pesquisadora-associada do Museu Paraense Emílio Goeldi, de Belém. Atua como professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Amazonas e do Programa de Pós-Graduação em Museologia da Unirio.

Sua dissertação de mestrado, defendida em 1983 (UnB), foi publicada em livro sob o título O Navio Encantado; Etnia e Alianças em Tefé. Nela a pesquisadora enfoca o contexto das relações interétnicas dos povos Miranha, Matsé (Mayoruna) e Cambeba e vários segmentos da sociedade envolvente na região de Tefé, no Médio Rio Solimões. Sua tese, O Lago dos Espelhos; um estudo antropológico a partir do movimento dos índios de Tefé/AM, de 1992 (Unicamp), publicada em 1998, oferece exame sobre o entendimento de fronteira étnica, definida a partir das tensões produzidas com a demarcação das terras indígenas no Médio Solimões.

As relações entre a iconografia das máscaras ticuna da Coleção Curt Nimuendaju (1941/1942) e a mitologia exposta na monografia desse etnólogo remete, como escreve a autora, “à análise da performance do ritual de puberdade feminina”. Diz Priscila Faulhaber que essa simbologia “toca as temáticas da fertilidade da mulher e da natureza, da complementaridade das metades, da passagem do tempo, das obrigações sociais da mulher e dos papéis e lugares na organização social Ticuna.”

Quem são os Ticuna

1.  Autodenominação – Magüta
2.  Língua e família linguística – Ticuna
3. Quantos são – totalizam cerca de 52.000 pessoas
4. Onde habitam – no Brasil, Colômbia e Peru. No Brasil a maioria ocupa a região do Alto Solimões, ocorrendo também presença no médio e no baixo curso do rio Solimões, estado do Amazonas
5. Terras Indígenas no Brasil – atualmente somam 28. Homologadas e registradas: 20; homologadas: 03; declaradas: 04 e em identificação: 01

Vivem em mais de uma centena de aldeias e atualmente algumas famílias habitam também centros urbanos como, por exemplo, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Beruri e Manaus.

Integrantes do povo Ticuna se encontram em processo de escolarização nas aldeias ou fora delas, o que implica o ingresso em diversos cursos superiores, incluindo os de Licenciatura Intercultural Indígena, da Universidade Estadual de Amazonas (UEA) e Universidade Federal de Amazonas (UFAM). Para incentivar e monitorar esse processo de escolarização, os Ticuna criaram a Organização Geral dos Professores Ticunas Bilíngues (OGPTB) em dezembro de 1986.

Em sua vigorosa postura pela autodeterminação e reconhecimento de seus direitos territoriais instituíram, em 1982, o Conselho Geral da Tribo Ticuna (CGTT) e posteriormente, em 1990, o Museu Magüta, localizado no município de Benjamin Constant, no Amazonas.


* Serviço:

O quê: Mesa-redonda do Projeto Museu em Curso “Museus e Povos Indígenas: Espaço Para o Diálogo Intercultural”.
Quando: 15 de maio de 2012, das 16h às 18h
Onde: 2° Piso do Pavilhão Antropólogo Sílvio Coelho dos Santos / MArquE – UFSC
Campus Universitário . UFSC . Florianópolis

Entrada franca com direito a certificados

Informações: (48) 3721-8604 ou 3721-9325
E-mail: ufsc.mu.museologia@gmail.com

Reproduzido de NotíciasUFSC
Por Raquel Wandelli . Jornalista da UFSC na SeCArte
11 mai 2012

sábado, 5 de maio de 2012

II Jornada Catarinense de Estudos sobre o Patrimônio Cultural


II Jornada Catarinense de Estudos sobre o Patrimônio Cultural

O Laboratório de Patrimônio Cultural - LabPac, da Universidade do Estado de Santa Catarina, promoverá, em 07 de maio de 2012, a II Jornada Catarinense de Estudos sobre o Patrimônio Cultural, tendo como refereência a temática: "Objetos e(m) museus: a que será que se destinam?".

Na programação constam mesas redondas, mostra de livros e uma conferência de encerramento. 


As inscrições são limitadas e gratuitas e podem ser feitas a partir do link:

Via e-mail da rede de Educadores em Museus de Santa Catarina