quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

VITOR KAINGANG VIVE! Ato . Exposição de Brinquedos . Brincadeiras


VITOR KAINGANG VIVE!

Ato . Exposição de Brinquedos . Brincadeiras
Hall do 1o. piso (empréstimo) da Biblioteca Universitária da UFSC
Campus Trindade
Abertura dia 29 de janeiro de 2016*

A brutalidade do assassinato do menino Kaingang, Vitor Pinto, de apenas 02 anos de idade, degolado enquanto era alimentado nos braços de sua mãe, a índia Sônia da Silva, no dia 30 de dezembro de 2015, em frente à rodoviária de Imbituba, não é apenas um caso isolado ou menos ainda uma fatalidade como alguns insistem em afirmar. A morte de Vitor expõe a situação de vulnerabilidade a que estão submetidos cotidianamente os índios no Brasil. Isto é reflexo do completo descaso com que o Estado trata das questões de demarcações de terras, saúde, educação, e outras demandas indígenas em geral. Neste país, matam-se aos poucos seus povos originários.

Tal fato só contribui para aumentar e perpetuar o preconceito da sociedade, que está aliado à uma mídia que incita constantemente o ódio e violência contra os índios ao invés de buscar a promoção de uma sociedade mais humana. Não seria essa uma tragédia digna de ter ultrapassado as fronteiras nacionais e chegado aos órgãos internacionais?

Não se trata apenas da morte de uma criança, mas do assassinato do sonho de dignidade da infância. Vítor era uma criança indígena e, portanto, pobre. Talvez isto explique o silêncio. Era mais uma criança alvo do descaso público, como tantas neste país. Crianças invisíveis.

As populações indígenas no Brasil têm enorme contribuição para a identidade do país, para a proteção do meio ambiente e para a construção de uma sociedade mais humana, no entanto são tratados com descaso. É imprescindível que num país que onde se busque melhores condições de igualdade e dignidade para seus habitantes saiba respeitar e valorizar a diversidade cultural e proteger os povos indígenas.

O menino Kaingang não poderá mais brincar. Não poderá mais correr nas matas que seu povo protege, nem nos rios, nem brincar com os animais que tanto respeitam. Não viverá para ver o que vem depois. No entanto não o deixemos ser abandonado uma vez mais. Que o futuro e a história dos povos indígenas no Brasil seja de direitos e não de tragédias. Não o deixemos morrer na memória daqueles que lutam por uma sociedade mais humana.

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* Horário da Exposição

Horário de Verão da BU/UFSC
Das 07:30 às 13:30 h de segunda à sexta até 26/02/16
Sábado e domingo fechado

Horário após 29/02/16 da BU/UFSC
Das 07:30 às 22:00 h de segunda à sexta
Das 08:00 às 17:00 h no sábado
Domingo fechado

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